quarta-feira, 15 de outubro de 2014

SEMANAL: Um pouco de História



“Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos.”. (RIBEIRO, 1995, p. 19).

"O Descobrimento do Brasil" - Portinari
A mestiçagem do Brasil é resultado do contexto de formação histórica do país. Os índios já habitavam nesta nação e, posteriormente (1500), chegaram os portugueses que saíram da Europa querendo chegar às Índias e pararam na tal "grande ilha" (ver charge abaixo).
Nesse período, acontecia no mundo o marco histórico da expansão marítima, sendo Portugal e Espanha os dois países europeus que mais se expandiam em busca de riquezas como metal e ouro, além de especiarias.
     Com a chegada dos portugueses e conhecimento do território, eles verificaram a grande quantidade de riquezas naturais do país e passaram a explorá-lo, fazendo os índios de escravos. Mas, os índios trabalhavam para a sua própria subsistência e não produziam excessivamente como queriam os colonizadores. Assim, os lusitanos trouxeram africanos para trabalharem com mão-de-obra escrava no país.
Assim, nesse longo processo de contatos entre distintas raças, etnias, culturas e identidades, foi-se formando os brasileiros. Nesse caso, formou-se a “segunda Europa”, como afirma Ruggero Jacobbi (apud CANDIDO 2010, p. 13).
No Brasil formou-se a “segunda Europa” devido os modelos europeus que foram implantados e transportados no país. Esses modelos foram seguidos na literatura, religião, administração e língua. Na literatura, por exemplo, começou-se a se construir projeto que se afastasse de Portugal, no Romantismo.
No Romantismo, após a Proclamação da Independência, o Brasil começou a criar sua própria autonomia. Mesmo assim, somente no Modernismo que foi-se criado um projeto estético-ideológico de arte relacionada à realidade do país, com base na formação histórica do mesmo.
E, a língua portuguesa, por exemplo, tornou-se obrigatória no país após o decreto pombalino e, a sua difusão é marcada pelas variações e mudanças ocorridas de maneria distinta em cada território, o que promoveu o afastamento entre a língua portuguesa lusitana e a língua portuguesa brasileira.


Referência.


REFERÊNCIAS:

CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira. 6ª ed. Rio Janeiro: Ouro sobre Azul, 2010.


RIBEIRO,  Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 19-26.

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