INTRODUÇÃO
Referência. |
A comunidade indígena "Tuxá de Rodela" está situada em Rodelas - BA. O nome Rodela faz menção a um combatente da tribo muito importante, o índio Francisco Rodela.
Francisco Rodela possuía esse nome devido uma ferramenta parecida com uma roda. Na tribo, durante muito tempo seu nome foi cantado, por causa de sua coragem e força.
Com
o passar do tempo, os moradores indígenas daquela região passaram a serem
chamados de Rodela. Assim, a tribo preserva a memória de um guerreiro.
Possivelmente
os Tuxá faz parte de uma das últimas diversas etnias reunidas a partir do
século XVII, quando foi realizadas as missões dos jesuítas. Essas missões
aconteciam no curso do Baixo-médio São Francisco. A memória dos Tuxá é marcada
por acontecimentos ocorridos devido à ocupação holandesa, com destaque ao
primeiro cacique Francisco Rodelas que lutou ao lado de Felípe Camarão,
indígena da tribo Potiguar.
HISTÓRIA
O índio Tuxá de Rodelas tem
em sua história as marcas de luta e sofrimento de um povo que não queria nada
mais que ser feliz.
“Identificando-se
como ‘tribo Tuxá, nação Proká, caboclos arco e flecha e maracá’, os atuais Tuxá
parecem constituir uma das últimas das diversas etnias reunidas a partir do
século XVII nas várias missões que se estabeleceram ao longo do curso do
Baixo-médio São Francisco. A memória Tuxá registra particularmente episódios
ligados à ocupação holandesa, destacando a figura de Francisco Rodelas,
considerado o seu primeiro cacique, e que teria lutado ao lado de Felípe
Camarão.” (ANAÍ, 1981).
Os Tuxás de Rodelas a
principio, habitavam ao norte do estado da Bahia, nas margens do rio São
Francisco, onde plantavam, pescavam e caçavam, tinham seus modos de vida
sustentáveis, suas politicas, seus costumes e religião. Com a construção da
hidrelétrica UEH - Luiz Gonzaga em 1987, a barragem de Itaparica que foi
construída para represar as águas do rio São Francisco alagaram grande parte
dos territórios onde se localizava as aldeias dos Tuxás, como podemos ver no
poema de Josefa Cruz Tuxá-1986.
Da
margem da minha aldeia
Da
minha ilha querida
Eu
não sei o que será
Quando
dé o Adeus da despedida
Adeus
minha casinha
Meu
pé de Quixabeira
Adeus
minhas fruteiras
E
meu pezinho de laranjeira
Eu
vou parar de cantá
Porque
minha voz já quer privá
Pensando
na minha Aldeia
Que
as águas vai inhudá
Com isso, grandes partes do
povo Tuxá tiveram que migrar para outras terras (Ver a página "Localização") Ao
chegarem nessas terras os índios a encontraram em matagal e deserta, então
recomeçaram suas vidas plantando suas hortas, e se acostumando com as novas
terras.
A principal consequência de
todo esse processo, foi a adulteração dos costumes genuíno que tinha o povo Tuxá,
sendo que os índios se tornaram dependente das tecnologias de outras culturas
como maquinas agrícolas, ferramentas para pescas e caça, sobre tudo,
tornaram-se dependente do dinheiro para sua sobrevivência.
No
que diz respeito à língua da comunidade Tuxá, sabe-se muito pouco por que a
prática de sua língua materna e dos seus antepassados perdeu-se por completo.
Assim um elemento muito importante de sua tradição. Os Tuxás falavam o trocá,
truká ou trocá. Atualmente falam o português.
“O velho Pajé, com cerca de 90 anos,
cuja mente se tem embotado devido à idade e ao uso excessivo de cachaça, não
foi capaz de lembrar qualquer palavra da língua que sabia quando criança. O
Pajé atual, com cerca de 65 anos, também o atual líder da aldeia, não se
lembrou de nenhuma. No entanto, duas mulheres, Maria Dias dos Santos e Maria
Inácia Tuxá dos Santos, excluídas da tribo, vivendo agora em Juazeiro, Bahia,
puderam fornecer cerca de 30 palavras.”.
(PICKERING apud MEADER, p. 9).
Veja
a lista de vocabulares da comunidade Tuxá de Rodelas:
Referência. |
REFERÊNCIAS:
MEADER, Robert E. Índios do Nordeste. Disponível em:
<http://www-01.sil.org/americas/brasil/publcns/ling/indnord.pdf>. Acesso
em: 09 out. 2014.
Indígenas na Bahia. Disponível em: <http://www.anai.org.br/povos_ba.asp>.
Acesso em: 18 out 2014.
Muito bom! Muito Interessante!
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